Estes caminhos tão tortuosos
Estas estradas da saudade
De mentes insanas aglomeradas
A justiça sem volta da encruzilhada
Caminhos de pisos e postes tortos
De luzes quase apagadas
De meios-fios em tamanhos desproporcionais
De placas escondidas e esburacadas
Estrada da saudade que afugenta a solidão
Que mata a sede, mas tira o ar
Que sufoca a vida de pés no chão
E ao adormecer não se pode mais acordar
E se um dia cair à escuridão, nestas paisagens
No mais fino decoro, estarão indóceis
Sem saída, tampouco noção do avesso
Perdem-se fácil neste labirinto omisso
Vejo a pessoa que tenta acordar
Debatendo-se quando já não adianta mais
Acabo de espreitar mais um sonho
Onde caminhava sem rumo e agora jaz
Alma que se vai, à procura do próximo sonho
Para entrar nos sentimentos da mais pura dor
Onde em cada um, arranca uma lição da vida
A incessante busca de almas perdidas para compor
