Há quem chama de incêndio 
A chama da vida 
Que queima flores ávidas 
De paisagens sem poeira 
 

Há quem chama de luz 
A luminescência inócua de um sorriso 
O ímpeto reluzente da galáxia 
Do nocivo início vital do desejo 
 

Há quem chama de ardor 
A chama que derrete homens de cera 
Própolis enrijecido pelo calor vital 
De operárias arrojadas do calor de carnaval 
 

Há quem chama de combustão 
A labareda fervorosa da multidão 
Que clama servil pela benevolência 
De imperadores míopes e onipotentes 
 

Há quem chama de língua 
A chama da vela, da fogueira ou fogão 
Uma brasa incandescente imprevisível 
Da revelada cilada ardente da paixão 

 

 


2 respostas para “Chama”

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