Moro só 
Num pé de serra, mata atlântica 
Paraíso perfeito, entre o rio e o mar 
Mas moro só 
 

Aqui meu olhar não envergonha nem assusta 
Não temo julgamentos viciados 
As ações refletem de forma proporcional 
No meu físico, na paisagem, meu estado 
 

Tento me encaixar 
Quase como o atravessar em fendas de pedras 
Braços pra cima, barriga pra dentro 
Cabeça pro lado e pontas dos pés 
 

Intempéries que podem assustar 
Visitantes desavisados, bichos acuados 
Ventos molhados, secas salgadas 
Areia fina, água natural, temperatura agradável 
 

Aqui é verão quase o ano todo 
Para os bichos, primavera 
Não há outono para as plantas 
Único inverno que senti, foi ao lado de alguém 
 

Pela manhã colhi algumas frutas 
Pesquei, busquei água na cachoeira 
Assei um peixe enorme, sentei-me pra escrever 
E novamente fui dormir só 


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